4 dicas para quem foi demitido e quer empreender
Talvez essa seja a melhor hora para sentar e refletir sobre o que se quer na carreira
De acordo com dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), 700 mil brasileiros devem perder o emprego em 2016, o que representa um crescimento de 7,7% do desemprego. Apesar da queda no mercado de trabalho, esse índice também pode significar um aumento no número de empreendedores no Brasil. Muita gente espera uma oportunidade como esta para tomar coragem e empreender.
Pensando nisso, David Kállas, professor de empreendedorismo da pós-graduação do Insper, alerta que é preciso tomar cuidado com decisões precoces. “Muitas vezes, a pessoa é demitida e acha que abrir o próprio negócio é a única saída para ganhar dinheiro. Esse é o empreendedor por necessidade que, diferente do empreendedor por oportunidade, não se planeja e pode fracassar”, afirma.
Assim como Kállas, Alessandra Andrade, coordenadora do centro de Empreendedorismo da FAAP, acredita que é preciso pensar muito bem antes de empreender: “A pessoa precisa ver se ela está buscando algo provisório ou quer mudar de vida. Para algo provisório, é melhor não investir todo seu capital”, diz
No entanto, para aqueles que realmente veem a demissão como oportunidade para empreender, Kállas e Alessandra dão quatro dicas para que tudo dê certo.
1. Reflexão
Antes de tudo, é bom tirar um tempo para “curar a ferida”, diz Alessandra. “Sempre recomendo que a pessoa aguarde uns três ou quatro meses para tomar grandes decisões”, afirma. Um negócio montado às pressas e sem nenhum tipo de reflexão pode trazer grandes riscos, como perder todo o investimento. Em períodos de crise, isso pode ser o fim da linha.
2. Sócio
Na hora de empreender pela primeira vez, é sempre bom considerar a ajuda de um sócio, seja com sua expertise na área ou com capital para investimento. Por isso, aproveite esse momento de transição para conversar com o máximo de pessoas possível e buscar um parceiro.
3. Franquia
Mesmo quando o objetivo é montar uma franquia, é preciso considerar coisas como o ponto comercial, o público-alvo que gostaria de atender e seu próprio conhecimento sobre aquele conceito. No entanto, é preciso estar ciente do fato de que franquias não permitem tanta flexibilidade. Ou seja, se você é muito inovador ou inventivo, este pode ser um formato que vai te deixar frustrado. Nas franquias, o contrato define um padrão que de ser seguido à risca.
4. Negócio próprio
Quem quer empreender em algo diferente deve, segundo Alessandra, seguir o modelo das startups ou das antigas empresas de quintal. “Experimentar, prototipar e pesquisar na fase de concepção é fundamental”. Depois de garantir que o produto ou serviço tenha público suficiente, o investimento também deve ser feito de forma gradativa.
Fonte: Revista Pequenas Empresas Grandes Negócios