“Crise de representatividade impede avanço da Reforma da Previdência”, diz Caiado
Durante evento em Brasília hoje (07/03) para vendedores e distribuidores da Bayer, o senador Ronaldo Caiado (GO) afirmou que o país vive uma crise de representatividade, o que interfere na capacidade de realizar reformas como a da Previdência. Ao falar sobre o quadro geral da agropecuária e sobre a situação política e econômica do país, o líder do Democratas no Senado disse que para se fazer as grandes reformas é necessário que governantes e parlamentares tenham credibilidade perante o povo.
“Qual a condição de a sociedade se sentir representada, de fazermos a reforma trabalhista, tributária, previdenciária? Para fazer reforma previdenciária, é preciso ter independência intelectual e moral. Quando um presidente vai propor mudar a aposentadoria, ele precisa primeiro abrir mão da sua própria aposentadoria. Não estou fazendo crítica a ninguém específico, mas temos uma crise de representatividade das instituições. Como vamos estipular idade mínima de 65 anos para aposentadoria, se o cidadão arca com toda política de incentivos, como bolsa-família, bolsa-reclusão e outras bolsas?”, argumentou Caiado.
Diante da crise de representatividade, o parlamentar goiano reiterou sua posição em relação à antecipação das eleições. “Por isso, que vocês me ouvem defender antecipação das eleições. O povo é quem deve decidir quem tem credibilidade para fazer as grandes reformas. É preciso que cidadão tenha firmeza de que o político não vai usar seu mandato como balcão de negócios. Mais vale a mão que dá o remédio do que o próprio remédio, já dizia o médico Miguel Couto. Sairá nova listagem de envolvidos na Lava-jato. Isso vai atrasar as reformas, desestimular investimentos?”, concluiu.
“Acredito que o Brasil vai superar a crise econômica. A parte política, porém, está interferindo na economia. As denúncias que se acumulam vão permitir que avancemos nas reformas que reduziriam a capacidade de os impostos sugarem o cidadão? Por isso, que a sociedade precisa se mobilizar, participar, não apenas e em movimentos esporádicos”, finalizou.
Com informaçõe da Assessoria Liderança Democratas Senado