Governo brasileiro derrapa na crise EUA X Irã e pede desculpas

Depois de ser convocada pelo governo iraniano a dar explicações sobre nota do Itamaraty em “apoio à luta contra o flagelo do terrorismo”, a diplomata Maria Cristina Lopes disse às autoridades iranianas que a posição do governo do presidente Jair Bolsonaro não deve ser entendida como uma manifestação contra o país do Oriente Médio.
A informação foi divulgada nesta 3ª feira (7.jan.2020) pelo jornal Folha de S.Paulo.
A nota do governo foi publicada na última 6ª feira (3.jan.2020), mesmo dia do ataque dos Estados Unidos que resultou na morte do comandante da Força Quds do Irã, o general Qasem Soleimani.
Na nota, o Ministério das Relações Exteriores disse que apoia a “luta contra o flagelo do terrorismo” e afirma que “atos terroristas” não podem ser relativizados. O posicionamento seguiu a mesma linha dos EUA, que acusam o general iraniano de planejar “atos terroristas”.
Orientada pelo Itamaraty, Maria Cristina apresentou as justificativas do governo brasileiro. Além de dizer que a nota não era uma condenação contra o Irã, a diplomata disse que as relações entre os 2 países são amplas e que não podem ser reduzidas ao tema abordado no comunicado.
Ela reiterou os argumentos usados pelo governo Bolsonaro, de que o terrorismo não é 1 problema exclusivo do Oriente Médio. Também foi citado o argumento de que o Brasil está preocupado com a expansão do terrorismo em outras partes do mundo, inclusive na Venezuela.
Mais cedo, na portaria do Palácio da Alvorada, Bolsonaro disse que o comércio entre o Brasil e o Irã continuará o mesmo.
Blog Hudson Cunha com informações de Poder360
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