“Só o setor produtivo pode ajudar combater o desemprego no DF”, diz Paulo Octávio

O empresário afirmou que o governo precisa acreditar mais na produtividade . Essa é a única forma para gerar empregos.

Em entrevista ao Radar-DF, o empresário Paulo Octávio afirmou que, a interlocução que o governo Ibaneis faz hoje, com atenção as entidades de classe do DF, ajuda a diminuir uma das piores chagas sociais, que é o desemprego. Atualmente, ele é presidente do LIDE Brasília, grupo empresarial que reúne diversos setores com o objetivo de fortalecer a livre iniciativa do desenvolvimento econômico e social.

De acordo com o empresário, nos últimos dez anos muitas empresas brasilienses sucumbiram com as dificuldades postas pela crise econômica, mas que começam a emergirem com o anúncio de um Refis que vai colocar muitas empresas hoje inadimplentes em situação regular.

“O governo precisa acreditar mais no setor produtivo. A única forma que nós temos hoje para gerar empregos. É  através de incentivos para que novas empresas apareçam em Brasília e não percam suas forças”, salientou o empresário.

Paulo Octávio afirmou que os governos chegaram à exaustão e perderam a capacidade de empregar mais pessoas. O empresário brasiliense apontou ainda, que a capital conta com uma indústria muito acanhada e que o setor de serviços e comércio tem sido o carro chefe da economia.

“Será que existe perspectiva de crescimento do setor industrial? Isso existe. Nós precisamos acreditar nesse segmento. Não podemos continuar pensando apenas na Brasília tombada que não pode ter indústrias. O Plano Piloto não pode, mas no resto do DF as empresas de grande porte podem se instalar”, afirmou.

Durante a entrevista, o empresário disse que cidades como Taguatinga, Ceilândia, Planaltina e Brazlândia são as que mais possuem um setor produtivo atuante, elas podem se desenvolverem economicamente e se tornarem grandes geradoras de emprego e renda.

“Temos que criar essa cultura de desenvolvimento em todas as cidades do DF. Eu sou totalmente favorável que as cidades do DF tenham as suas áreas de desenvolvimento econômico para que possam empregar a mão de obra local”.

Para Paulo Octávio, o fato de cerca dos 90% dos empregos gerados no DF estarem centralizados na região central do Plano Piloto, não é positivo para o fortalecimento da capital.

 “O DF tem hoje 33 regiões administrativas, e cada região é uma pequena cidade brasileira. As Regiões Administrativas não possuem autonomia política, mas poderiam ter uma maior autonomia econômica e financeira, desde que possam ter empresas que possam ali gerar impostos, gerar empregos, gerar renda e diminuir a chaga social que essas cidades enfrentam”.

Por fim, o presidente da LIDE destacou que o governador Ibaneis mostrou no seu primeiro ano de governo toda a sua capacidade de gestor para tirar Brasília do caos e que as melhorias  são sentidas pela sociedade.

“Em 2019, a economia do Distrito Federal cresceu acima da média nacional, mas podemos crescer ainda mais. Por isso que é importante essa conexão entre Estado e setor produtivo na valorização dos nossos jovens e no incentivo aos pequenos empresários, para que eles possam crescer e desenvolver seus negócios” finaliza Octávio.