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Ronaldo Caiado flexibiliza decreto, mas amplia quarentena até dia 19

Ronaldo Caiado flexibiliza decreto, mas amplia quarentena até dia 19

Governador de Goiás liberou funcionamento de borracharias e restaurantes em postos de estradas e também autorizou funcionamento de feiras

O governador Ronaldo Caiado publicou  um novo decreto, observando que pedirá mais 15 dias de prazo de quarentena à população goiana, para garantir um melhor enfrentamento à crise provocada pela pandemia do novo Coronavírus (Covid-19).

Caiado decidiu flexibilizar alguns setores da economia, reconhecidos como essenciais à população. Ele liberou funcionamento de borracharias, oficinas, restaurantes e lanchonetes instalados em postos de combustíveis, desde que localizados nas beiras das rodovias.

Lojas de autopeças, estabelecimentos que estejam produzindo exclusivamente equipamentos e insumos para auxílio no combate à pandemia da Covid-19 e escritórios de profissionais liberais também podem reabrir, desde que não haja contato presencial com o público.

Ele também autorizou cartórios extrajudiciais, feiras livres de hortifrutigranjeiros, levando-se em conta que medidas de segurança sejam cumpridas e sem funcionamento de restaurantes e praças de alimentação. O consumo no local também permanece proibido. Atividades administrativas internas das instituições de ensino públicas e privadas também foram liberadas.

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NOVA AVALIAÇÃO

Uma reunião com as entidades, prefeitos, representantes dos poderes constituídos e a sociedade organizada está marcada para o próximo dia 9, quinta-feira, quando será feita nova avaliação. Para Caiado, enquanto em Goiás não houver condição de ampliar os leitos de Unidades de Terapia Intensiva, com respiradores, não terá condições de relaxamento nesse momento de crise da propagação do novo Coronavírus. Voltou a pedir à população goiana que entenda esse posicionamento, porque é melhor assim do que enfrentar uma recaída lá na frente, onde o sistema hospitalar não vai aguentar. “É nossa responsabilidade cuidar da saúde e da vida dos goianos”, afirmou, observando que o esforço de agora terá bons resultados mais adiante, preservando vidas.

“Se chegarmos ao dia 19 e não obtivermos o resultado com a queda da curva de infestação, virá depois uma recarga maior se flexibilizarmos agora. Isso pode provocar um colapso em nossa rede hospitalar. Se houvesse estrutura, tudo bem”, considerou. Ele fez um apelo para que as indústrias do nosso país invistam, principalmente neste momento, na produção de respiradores, “pelo menos que sejam similares aos que existem hoje no mercado, para diminuir a dependência do produto que precisa vir de fora do país”.

O mesmo, segundo ele, vale para a produção de matéria-prima. Disse ainda que conversou com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e ele falou que os Estados Unidos (EUA) mandaram 23 aviões à China, para levar respiradores e remédios produzidos lá, o que dificultou a concorrência de outros países, o Brasil incluído.

Testes da Covid-19

Sobre a testagem para evitar a proliferação, enfatizou que há um grande problema na confiabilidade dos testes hoje disponíveis no mercado brasileiro, onde 30% podem dar falso negativo e aí, sim, complica muito, porque se uma pessoa testar negativo e estiver infectada pode transmitir sem saber e que “isso é jogar dinheiro fora sem proteger a população”. Reafirmou que está lutando para conseguir oferecer mais testes e citou a fala do presidente dos EUA, ontem informando que o laboratório Abbott está divulgando que já tem tecnologia para dar o resultado em cinco minutos. Mas, acrescentou, isso ainda pode demorar, principalmente para chegar até aqui. Disse também que a testagem feita no Lacen (Laboratório Central de Saúde Pública) demora de três a quatro dias para dar o resultado, mas que a resposta é confiável.

Voltou a comentar e agradecer a rede de solidariedade criada em Goiás, envolvendo artistas, empresários, o setor do agronegócio, os setores sociais do governo e da sociedade, em união, buscando criar condições de abastecer a população mais carente neste momento de dificuldade. “A minha luta é para que ninguém passe fome em Goiás. É a posição do governo. Vamos trabalhar também para agilizar aqui a distribuição dos R$ 600,00 que o governo federal está disponibilizando para a população mais carente e os trabalhadores que estão parados”, assinalou.

Comentou também a posição do Supremo Tribunal Federal (STF) de suspender por mais seis meses o pagamento das dívidas de Goiás com a União, observando que será um recurso para cobrir a falta de arrecadação de Detran, Saneago e outros órgãos do governo e servirá também para prover melhor o atendimento na área da saúde no Estado. “É um dinheiro que vai ocupar a parte que não estamos arrecadando”, finalizou.

Sobre o autor | Website

Hudson Cunha foi Secretário de Comunicação, Diretor de Comunicação na Associação de Blogueiros do Distrito Federal e Entorno. É jornalista Especializado em Comunicação Empresarial e Marketing em Mídias Digitais e idealizador do Instituto Hudson Cunha - Consultoria, Treinamento e Assessoria e da Agência 84 – Comunicação. Inteligente, alegre e amante de um bom vinho.

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